sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ela tem um segredo.
Sabe que se dormir, a dor de manter um segredo desses não vai passar.
As pessoas até comentam sobre a sutiliza dela, e o misterio que circula os seus gestos.
Tão delicada. Mas como sofre essa menina.
O grito contido, o samba no escuro, guarda consigo as piores aflições.De guardar não só suas tristezas mas sim um segredo.
E quando os dias passam ela chega a pensar, 'amanha vai ser outro dia, nem vou me lembrar desse segredo.' Mas ele insiste em vir a tona. Como um coração que insiste em bater quando não existe mais amor. Afinal, é necessario!
Como diz Chico Buarque, e talvez seja uma musica que rodeie muito a cabeça dessa menina.

Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa.


Chico, que muito entendia sobre as mulheres. Seus melhores versos eram feitos na voz feminina. Então porque não recorrer a ele? O ideal era esquecer, viver, com ou sem o segredo...os dias continuavam. O amor invadia sua casa, pela janela, sem pedir licença. Daquela dorzinha que os antigos chamam de amar demais.


O ideal seria embriagar-se até que se esquecessem dela. A menina mais bonita da rua, talvez ganhasse o posto no bairro. Delicada, prudente, não falava palavras em vão. Pontual, gostava de ler, de ir no cinema e observar as pessoas em transportes coletivos.


E a maneira de ser escutada? Lançando o grito mais desumano, fora do real. Irreal.


Enlouquecendo! Enlouquecendo para dizer:


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