quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Entrei na padaria e fui logo para o lado esquerdo. Tinha essas manias estranhas de achar que o dia começava melhor sempre de alguma perspectiva especifica. Estranho, porque os dias normalmente eram iguais. Tão cheios de não - novidades.
Tomei meu café forte.

Paguei.

Acendi um cigarro na saida.

Um dia normal, comum, se não fosse por aquele bilhete em cima da minha mesa de trabalho.

'Você sabe....'

Pois é, eu sei muitas coisas... mas essa pessoa misteriosa esqueceu que eu também não sei de muitas.

Sorri com o bilhete e continuei meu dia.

Em tempos ociosos pensava no bilhete e que talvez fosse um codigo dos satelites ou et's. Ja que nunca fui muito comunicativa e tão pouco me achava bonita o suficiente para ter um admirador segredo,e mais ainda, que pensa que sabe tudo sobre mim.

Pois bem, fumei todos meus melhores amigos. Os vinte dentro do maço e desci para comprar mais vinte, para ter com quem passar meu tempo.

Preciso parar de fumar. O pensamento passou feito a fumaça que saia do meu pulmão.

Talvez não hoje né?!

Ja no fim do dia, peguei o bilhete que deixei guardado na minha bagunça, arrumei minhas coisas e voltei pra casa. A pé, para respirar.

O poluido.

Os carros.

O meu cigarro.

Deitei com a impressão de que talvez eu não fosse tão insignificante quanto eu pensava.

Talvez fosse interessante para alguem uma pessoa sem interesse nas pessoas. Ou talvez um unico interesse, perceber o quao desprezivel pode ser determinadas reações do ser humano.

O amor acabou e junto dele minha esperança nas pessoas.

Mas se queres alguem desinteressante, pois bem....


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