segunda-feira, 30 de maio de 2011

Faz sol mas é inevitavel pensar no frio que está.
Ela com seu vestido florido e meia calça se aproxima de mim. Toda meiga e cheirosa.
Quase me falta o ar pra dizer um oi, casual.. para saber o porque daquela aproximação.
- Tem esqueiro?
Perguntou com uma voz tão doce que eu cheguei a pensar do porque que uma moça tão bonita fumava. Mas isso não me dizia respeito, claro.
E nesse encontro por acaso, pensei por horas em como me aproximar, e não só as maos do cigarro em sua boca, mas ficar por perto. Talvez ajudar ela a parar de fumar, uma tentativa que poderia ser em vão, porque tambem sou fumante.
Emfim, qualquer contato que fosse.
No outro dia que a vi, estava mais linda do que antes.. de calça jeans e camisa xadrez, parecia uma roqueirazinha da decada de 70.
Dessa vez quem se aproximou fui eu;
- Aceita um café?
Burro, burro... ela vai perceber que você esta todo encantado. Oferecer um café? Burro.
Segundos depois abriu um sorriso:
- Era disso mesmo que eu precisava. Vamos ali fora fumar um cigarro, que tal?
Nesse momento pensei que a ideia de parar de fumar não fosse muito boa.
Conversamos sobre livros, musica, dias que normalmente ninguem tem interesse em saber.. e rimos por uns 10 minutos até a ultima tragada.
- Vou até ali, nos vemos outro dia.
Alguma coisa eu precisava saber sobre ela, tinha um ar de misteriosa. De esconder um segredo, um grande segredo atras daquela força.
A semana acabou, mas será que vale a pena ? Talvez eu dance com outro par, pra variar. Pra saber o meu querer.
E antes disso acontecer, sinto saudades de uma coisa que ainda não tive. Do beijo, do abraço..
Não dava mais pra fingir, sorrir de canto e não mostrar o meu sentir.
No nosso ultimo encontro, segurei sua mão..
- Senta aqui, que hoje eu quero te falar.. não tem mistério não.
Paramos em um longo abraço e logo em seguida um beijo, espontaneo. Como se ja fossemos um do outro. O beijo.
- Senta aqui, espera que eu não terminei.
E como se não precisasse falar nada, ficamos quietos. Olhando, e como se fosse possivel, transferindo cada sentimento pelo olhar, as vezes curioso mas sempre preciso. Certo.


E ninguem dirá, que é tarde demais!

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